Uma das mais bonitas tradições da Fórmula 1 pode estar com os dias contados, e por um motivo que tem gerado muita polêmica: sustentabilidade.

O sobrevoo de aviões, militares ou civis, é bastante comum em eventos esportivos, e normalmente se dá após o canto do hino nacional, por vezes precisamente cronometrado para coincidir com o fim da canção.
Na Fórmula 1 não é diferente, com as agens sendo feitas em vários países, incluindo Brasil, Portugal, EUA e, principalmente, nos Emirados Árabes Unidos. Por lá, sempre um avião da Etihad Airways é acompanhado da esquadrilha militar Al Fursan com jatos de treinamento italianos Aermacchi MB-339, como mostra o vídeo abaixo, incluindo os aviões comerciais Airbus A380 e Boeing 787:
No Brasil, o último GP de Fórmula 1, realizado em Interlagos, contou com a participação da Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira:
Nos EUA, é quase um ritual nos jogos de futebol americano e outros grandes eventos esportivos:
Porém, a tradição está em risco de ir por água abaixo, já que, segundo a revista AutoWeek, as agens baixas podem ser proibidas, principalmente as militares, por questão de sustentabilidade, uma vez que a emissão de gases pelos aviões é considerada desnecessária.
Outro motivo seria desvincular o evento de exibições militares, que dão uma audiência política indireta. O plano seria permitir apenas agens de aviões acrobáticos civis ou jatos comerciais voando com combustível sustentável.
A polêmica gira em torno do fato de que a F1 se move por todo o globo com uma frota de jatos cargueiros, geralmente incluindo vários Boeings 747, e sem requisitos de combustível sustentável para as aéreas transportadoras.