
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, demitiu o comandante da Força Aérea do país dias após a confirmação da perda do primeiro caça F-16, fornecido por aliados ocidentais. Em uma postagem no Telegram no dia 30 de agosto, Zelensky anunciou sua decisão de substituir o comandante das forças aéreas, o tenente-general Mykola Oleschuck, que possui formação em defesa aérea.
Embora Zelensky tenha agradecido a todos os membros das forças armadas, incluindo os de “nível de comando”, ele não mencionou Oleschuck ou as razões específicas para sua demissão.
Como informa a BBC, a perda do F-16, que ocorreu apenas um mês após a chegada dos caças ao serviço da Força Aérea Ucraniana (UAF), foi um golpe para Kiev, que tem buscado urgentemente fortalecer suas forças armadas com apoio militar do Ocidente. A situação também reflete a necessidade de elevar a moral de uma população que já se mostra cansada da guerra.
O fornecimento de aeronaves táticas ocidentais, especialmente por parte dos Estados Unidos, tem sido uma missão pessoal de Zelensky ao longo de anos, que finalmente se concretizou no início de agosto com a chegada do primeiro lote de F-16 e pilotos da UAF, que receberam treinamento apressado.
No entanto, figuras importantes, incluindo oficiais do Pentágono, expressaram ceticismo sobre a capacidade da Ucrânia de operar e manter esses caças complexos devido às condições em território ucraniano.
O F-16 que caiu no dia 26 de agosto estava em uma missão para defender a Ucrânia de um intenso bombardeio aéreo por mísseis e drones russos. De acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas, durante a aproximação para um alvo, o contato foi perdido com uma das aeronaves, resultando na queda do avião e na morte do piloto.
A causa da perda do F-16 ainda não foi confirmada, mas rumores não verificados na mídia local e ocidental sugerem que pode ter havido um incidente de fogo amigo.
A Ucrânia lançou uma investigação sobre o incidente, enquanto se prepara para receber cerca de 100 F-16 usados prometidos por países membros da OTAN, incluindo Dinamarca, Países Baixos, Noruega e Bélgica.
A UAF agora se vê diante do desafio de garantir que haja pilotos suficientes treinados para operar esses caças. Em resposta, Zelensky e a UAF informaram que estão tentando recrutar ex-pilotos de caça da OTAN que sejam qualificados para voar esse tipo de aeronave, a fim de complementar seus próprios aviadores.