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Privatização da Aerolíneas Argentinas é “inevitável”, afirma porta-voz de Milei

O porta-voz da presidência da Argentina, Manuel Adorni, afirmou na quarta-feira, 30 de abril de 2025, que a privatização da Aerolíneas Argentinas é “inevitável”. Em uma coletiva de imprensa na Casa Rosada, sede do governo argentino, Adorni destacou que, pela primeira vez desde a nacionalização da companhia em 2008, a Aerolíneas não solicitará fundos estatais até 2025.

Essa mudança se deve às “drásticas reduções de custos” promovidas pela istração de Javier Milei.

O porta-voz explicou que as medidas incluem uma redução de 15% no quadro de funcionários, a eliminação de 85 cargos de alta direção e o fechamento de 19 das 21 filiais da empresa no país, uma vez que apenas 1% das agens é vendido presencialmente.

Segundo Adorni, nos 16 anos desde sua nacionalização, a Aerolíneas Argentinas registrou uma média de perda operacional anual de US$ 400 milhões, coberta pelo Tesouro Nacional, com transferências acumuladas que totalizaram US$ 8 bilhões entre 2008 e 2023.

“Qualquer função estatal que o setor privado possa realizar será, mais cedo ou mais tarde, realizada pelo setor privado,” insistiu Adorni.

Há alguns meses, o governo argentino já havia declarado que a companhia aérea era “susceptível à privatização”. Logo após o anúncio de hoje, a Aerolíneas Argentinas divulgou uma declaração oficial informando que, pela primeira vez desde sua nacionalização, não precisará de fundos estatais este ano.

O comunicado ressaltou que, em 2024, a companhia alcançou um superávit operacional de US$ 20,2 milhões e um superávit financeiro de 156,324 bilhões de pesos argentinos (mais de US$ 150 milhões), afirmando que, pela primeira vez, “Aerolíneas Argentinas obteve receitas superiores aos seus custos operacionais”.

Fundada em 1950, a Aerolíneas Argentinas foi privatizada em 1990 e vendida à empresa espanhola Iberia, que, oito anos depois, transferiu a gestão para a American Airlines.

Em 2000, as operações da empresa aram para a Empresa Estatal de Participações Industriais da Espanha (SEPI), que em outubro de 2001 transferiu a Aerolíneas para o grupo privado espanhol Marsans. Em 2009, o governo argentino expropriou a companhia aérea nacional de Marsans, que estava sob gestão do governo desde meados de 2008, após enfrentar uma grave crise financeira.

Recentemente, o governo também anunciou a privatização da empresa de energia Enarsa, seguindo a privatização da empresa ferroviária de carga, anunciada em fevereiro. Essas ações refletem uma mudança significativa nas políticas econômicas do país, com foco em reestruturar empresas estatais para melhorar sua eficiência e sustentabilidade financeira.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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