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Uma pequena empresa aérea da República Democrática do Congo avança em seus ambiciosos planos de ligar o país africano à Europa, mesmo fazendo parte da lista negra de companhia proibidas de voar ao continente europeu.
The first A330 for Compagnie Africaine d Aviation (CAA) awaiting delivery in Palma de Mallorca. https://t.co/SQzmq50he0 © Javier Rodriguez pic.twitter.com/dVl7109j1X
— JetPhotos (@JetPhotos) November 9, 2020
A CAA, ou Compagnie Africaine d’Aviation, foi fundada em fevereiro de 1991 e iniciou efetivamente suas operações em dezembro de 1992, mas, apesar desses quase trinta anos de vida, possui hoje apenas 6 aviões turboélices em sua frota, sendo dois ATRs 72 e quatro Fokkers 50, segundo dados do site Planespotters.
A companhia, na verdade, ou a ser conhecida com flyCAA depois que se uniu em um acordo comercial com a FlyCongo em 2012, porém, prevaleceu até o presente a marca CAA.
A empresa congolesa é proibida de voar e pousar pela Europa por não atender aos requisitos mínimos de segurança definidos pela Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA). Apesar disso, está atualmente recebendo o primeiro avião widebody de sua história, um Airbus A330-200, e planeja utilizá-lo exatamente para voar para lá (a FlyCongo chegou a voar com o Boeing 767-200, mas a aeronave foi retirada de serviço na união das duas empresas e nunca operou pela CAA).
O primeiro avião de corpo largo/dois corredores da CAA foi entregue nesta semana em Palma de Maiorca, na Espanha, onde ou pelo processo de pintura e demais alterações, mudando da antiga operadora espanhola Air Europa, em que voava com a matrícula EC-LQO, para a companhia africana.
🇨🇩 The CAA (Compagnie Africaine d'Aviation), an airline from the Democratic Republic of Congo, received its very first Airbus A330-200 (formerly Air Europa).
— air plus news (english) (@airplusnews_EN) November 11, 2020
▫️It will be mainly used in the Kinshasa – Brussels route. pic.twitter.com/i7we1Ho01a
Apesar da mudança de operador, o jato da CAA fez seu voo de aceitação para entrega ainda com a matrícula espanhola com que voava pela Air Europa. Dados do FlightRadar24 mostram que o A330 fez um voo local de 2 horas e 17 minutos na última segunda-feria, 9 de novembro.

Mas se essa história parece “não ter pé nem cabeça”, todos os detalhes se conectam para fazer algum sentido na ambição dos voos da empresa à Europa.
Segundo matéria do portal belga Aviation24 publicada na semana ada, a CAA se prepara para voar entre a capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, e a capital da Bélgica, Bruxelas. E para levar seu plano adiante, a companhia pretende usar um artifício já conhecido nessa situação de proibição de voos.
Ela tenta obter uma exceção ao registrar a aeronave em um país estrangeiro com pilotos expatriados, para que seu A330 seja permitido na Europa. Uma construção semelhante foi utilizada com a TAAG Angola, que apenas foi autorizada a utilizar alguns Boeings 777 nas suas rotas para Portugal.
Será que a CAA conseguirá voar seu Airbus A330-200 à Europa? E, mais do que isso, será que conseguirá compensar os custos de um widebody em sua pequena frota?
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