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Quanto custa não pousar um avião?

No último sábado (22), a tripulação de um avião da Brussels Airlines que realizava um voo de Bruxelas a Washington DC (EUA), precisou tomar a decisão de retornar ao seu ponto de partida, mesmo sem nenhuma ocorrência a bordo. Na prática, isso significou que os ageiros gastaram um total de nove horas para não ir a lugar algum.

De acordo com o site belga Aviation24, o voo SN515 sofreu um grande atraso antes da partida. A viagem, que era prevista iniciar às 10h15 locais em Bruxelas, atrasou e só foi iniciar-se duas horas mais tarde.

E não foi tudo. Houve também uma mudança de aeronave, mas ninguém notou que aquele outro avião não tinha a autorização necessária para aterrissar nos Estados Unidos. Para evitar o risco de multa quando pousasse, alguém tomou a decisão de reverter o curso, quando o avião já sobrevoava a Irlanda.

Imagem do FR24 com a trajetória do voo

O avião pousou de volta em Bruxelas, às 21h15, após quase nove horas no ar. Aos ageiros, a tripulação informara que o problema fora causado por “razões operacionais”.

A decisão causou, além da frustração enorme aos ageiros, uma dor de cabeça massiva para a empresa aérea, especialmente por ser baseada na Europa. As duras leis da União Europeia sobre os direitos dos ageiros em caso de atraso, farão com que a Brussels Airlines tenha que pagar caro por seu erro de formalização. Pela Lei, a empresa aérea terá que pagar 600 Euros para cada ageiro, pela inconveniência causada, coloca-los em hotéis e dar-lhes vouchers de refeições.

Em um statement a empresa disse o seguinte à CNN:

“Nós realmente confirmamos que nosso mais novo avião de maior porte não tinha ainda as documentações requeridas pela FAA para sobrevoar o espaço aéreo americano. Devido a um erro humano, este avião foi erroneamente colocado nesse voo. Infelizmente, isso só foi notado quando o avião já estava quatro horas distante de Bruxelas.

Ressaltamos que as comunicações a bordo foram transparentes e que todos os ageiros foram cuidados para fins de acomodação e remarcação dos voos.

Nós sinceramente nos desculpamos pela grande inconveniência que isso causou aos nossos clientes a bordo”.

Estimativas do blog One Mile At A Time dizem que o prejuízo deve girar em torno de €500,000. Caso o avião seguisse seu voo até os Estados Unidos, a empresa teria de arcar com uma multa milionária, além de poder sofrer sanções e perder muito mais dinheiro do que o montante supracitado – os valores das multas, no entanto, não foram calculados.

A Brussels tem uma fama de atrasar voos e está em uma má colocação no rankings de pontualidade, mas agora eles tendem a ficar mais atentos, disse um especialista ao CNN Travel.

Apesar da experiência do “voo para lugar nenhum” proporcionada pela Brussels ser frustrante e rara, não trata-se de uma situação única. Em 2017, um voo da All Nippon Airways, de Los Angeles a Tóquio, teve que retornar também após quatro horas após a decolagem. O motivo, no entanto, era um pouco diferente: notou-se que havia um ageiro “não autorizado” a bordo.

Com informações da CNN, Aviation24 e One Mile at a Time

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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