Imagine-se voando em um assento com os s espaços entre fileiras que são cada vez mais comuns na aviação comercial. Então, além do já incômodo engessamento natural dos seus movimentos, o seu vizinho da frente resolve reclinar o assento e acabar de vez com seu espaço. Então você o cutuca e indaga: “Quanto você quer para deixar seu assento na vertical?”, e imediatamente recebe a resposta: “Quanto você está disposto a pagar para manter o seu espaço?”.
É exatamente essa a ideia de dois professores norte-americanos de Direito, que realizaram uma pesquisa para avaliar duas situações relativas à polêmica dos encostos de assento. No primeiro caso, você negociaria com o ageiro da frente o valor que você pagaria para que ele mantivesse o encosto na vertical. No segundo caso, você negociaria com o ageiro de trás o valor que você pagaria para poder reclinar o seu encosto.
Apesar dos dois casos dizerem respeito à mesma situação, os resultados são diferentes em cada um deles. Quando se trata de você pagar ao vizinho da frente para ele não reclinar o assento dele, o ageiro da frente cobraria $41 dólares para se manter na vertical e você estaria disposto a pagar $18 dólares para manter seu espaço de pernas. Quando se trata de você pagar o vizinho de trás para poder se reclinar, você estaria disposto a pagar $12 dólares para reclinar e o ageiro de trás cobraria $39 dólares para aceitar a perda de espaço.
Segundo declararam, em um artigo no evonomics, os professores que propam a ideia, esse tipo de discussão por um motivo tão fútil é coisa de ageiros idiotas, mas perece que existem mais idiotas voando do que se imagina. Isso porque os Estados Unidos registraram três pousos não programados por esse motivo em um período de duas semanas. Então, a possibilidade de negociação resolveria as frequentes discussões registradas nos voos comerciais.
Você concorda? Será mesmo que trocar a educação (ou a falta dela) pela barganha evitaria as discussões? Veja que, em ambos os casos, os valores sempre am longe entre quem oferece e quem cobra. Talvez nada mudaria…