O volume de negócios que deve ser movimentado durante o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil e do Mercosul, realizado nesta semana, em Mato Grosso, deve ser de R$ 250 milhões em 3 dias. A afirmação é do diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Gabriel Colle, ao comparar como foi essa movimentação no ano ado.
Em 2023, o volume de negócios foi de R$ 120 milhões em Sertãozinho, em São Paulo. Este ano, o evento acontece no Aeroporto Executivo de Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso, em uma área de 23 mil metros quadrados, com quase 300 expositores, durante os dias 20, 21 e 22 de agosto.
De acordo com Colle, houve um crescimento de 30% do público e expositores. No primeiro dia, o público chegou a aproximadamente 4 mil pessoas. A abertura oficial do evento aconteceu às 18h da terça-feira, 20 de agosto.
Formação de pilotos agrícolas
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) abriu sua participação no Congresso de Aviação Agrícola (AvAg) com a palestra “Novidades na formação de pilotos agrícolas”. Pedro Di Donato, gerente técnico de normas da Superintendência de Pessoal da Aviação Civil, apresentou o tema. Cerca de 30 pilotos, engenheiros e pessoas da área participaram da apresentação, que teve abertura para perguntas no final.
Segundo Di Donato, o momento da palestra foi usado para ouvir sugestões dos pilotos, principalmente. “Vamos começar um estudo para reformular a formação do piloto agrícola. Abrimos uma Tomada de Subsídios e apresentamos aqui os primeiros resultados. Mas queremos divulgar para mais pilotos e empresas para que elas possam participar”, comenta. Com o resultado da pesquisa, a agência poderá direcionar seus estudos e tomar decisões quanto às regras, carga horária e matérias exigidas para a formação.
Os pilotos contribuíram para a conversa com pontos que gostariam de melhorar no treinamento. Uma questão levantada foi a do trem de pouso convencional, particular da aviação agrícola. Os drones não eram o foco da exposição, mas entraram no assunto. “Temos outro trabalho de mudar o regulamento de drones agrícolas. Deve haver uma consulta voltada para uma instrução suplementar dedicada a drones agrícolas”, finaliza.
Infraestrutura
O diretor do aeroporto, Nathan Souza, explica como é a estrutura que está recebendo esse público ligado principalmente ao agronegócio. O aeroporto conta com uma pista de 1.800 metros, 11 hangares, oficina de aeronaves a pistão, oficina de helicóptero, táxi aéreo, corpo de bombeiros, abastecimento e balizamento noturno, além de poder operar 24 horas.
Está em construção um restaurante e um bar dentro de um Boeing. A ideia é também criar algumas galerias para lojas, bares e um hotel. O aeroporto conta com uma sala VIP moderna, com suítes, sala de descanso para comandantes, sala de plano de voo e sala de reunião.
Informações do Aeroporto Executivo de Santo Antônio do Leverger
