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Pela segunda vez durante a pandemia, um Boeing 787 Dreamliner quebrou o recorde de um voo sem escala e com ageiros. A operação ligou Seul, na Coreia do Sul, a Buenos Aires, na Argentina.

O fato supera com folga os dois voos que tinham os recordes de voos comerciais mais longos: um da Qantas e outro da Air Tahiti Nui, e que também foram feitos por Boeings 787.
No caso da Qantas, foi um voo especial de teste entre Londres e Sydney, que realizou um estudo a bordo sobre o comportamento dos 40 ageiros e tripulação em voos tão longos. Esta rota sem escalas foi feita em 2019, percorrendo 17.750 quilômetros em 19 horas e 19 minutos com um 787-9 Dreamliner, e deve ser o precursor dos novos voos ultra-longos do futuro.
Já durante a pandemia, a Air Tahiti Nui fez um outro voo comercial que, para alguns, merece menção porque, apesar de ser mais curto que o da Qantas, tratou-se de um voo regular, com venda de agens e realizado três vezes. O voo entre Papeete, na Polinésia sa, e Paris, percorreu 15.715 quilômetros em 16 horas e 20 minutos, igualmente feito por um Boeing 787-9. Outra curiosidade desse voo é que a ligação é considerada doméstica para os ses.
O recorde atual
COMLUX SETS A WORLD RECORD! Comlux operated Dreamliner P4-787 flew from Seoul to Buenos Aires which makes it the longest flight ever recorded! The flight crew completed the 10,520 NM route connecting the true antipodes in 20 hr and 19 min flight time. pic.twitter.com/0OhtB22RfC
— Comlux (@_Comlux) March 30, 2021
Por sua vez, este voo entre a Coreia e a Argentina também é especial, além de ter superado todos acima citados. Ele foi realizado pelo 787-8 de matrícula P4-787, que foi da Aeroméxico e agora voa para a empresa Comlux.
A Comlux é uma empresa de fretamentos de luxo, que utiliza aeronaves com interior completamente VIP, com menos assentos, embora o 787 recém adquirido possivelmente ainda esteja com seu interior como era na empresa aérea.
Segundo dados do FlightRadar24, foram 20 horas e 19 minutos de voo, percorrendo 19.483 quilômetros, um recorde absoluto para o modelo e para a aviação comercial. Isto só foi possível porque este 787-8 levava menos pessoas e tem uma configuração VIP, com menos assentos e, logo, menos peso, aumentando seu alcance, que de fábrica é menor do que do seu irmão maior, o 787-9.
Apesar do motivo da viagem e quem estaria a bordo não ter sido revelado, o jato seguiu da capital argentina para Punta Del Este, no Uruguai, onde se encontra até agora.
