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Regulador do Reino Unido repreende Virgin Atlantic por propaganda enganosa sobre voo sustentável

A Virgin Atlantic se tornou a mais recente companhia aérea a ser criticada por alegações promocionais relacionadas ao meio ambiente, especialmente em relação à descrição de seu voo transatlântico pioneiro realizado em novembro ado. O voo, realizado com um Boeing 787-9, partiu de Londres rumo a Nova York e utilizou apenas combustível de aviação sustentável (SAF), superando o limite regulamentar atual de uma mistura de 50%.

No entanto, uma campanha publicitária da Virgin Atlantic, que antecedeu o voo de 28 de novembro, afirmava que a companhia seria a “primeira companhia aérea comercial do mundo a voar transatlanticamente com 100% de combustível de aviação sustentável”.

Essa descrição foi avaliada pelo regulador de publicidade do Reino Unido, que constatou que uma “proporção significativa” dos ouvintes entenderia a referência como significando que o combustível utilizado era 100% sustentável, em vez de apenas um combustível parcialmente sustentável.

De acordo com a decisão da Autoridade de Padrões de Publicidade, divulgada em 7 de agosto, muitos ouvintes “provavelmente não estariam cientes da extensão em que os combustíveis descritos como combustíveis de aviação sustentável ainda têm impactos ambientais negativos, e de que maneiras isso ocorre.” A autoridade acrescentou que os ouvintes estariam “propensos a esperar” que o combustível não tivesse qualquer impacto ambiental negativo.

A Virgin Atlantic afirma que o uso de 100% de combustível sustentável reduz as emissões de dióxido de carbono em até 70%, em comparação com o combustível convencional para aviões, e que as emissões residuais do voo único foram mitigadas por meio de remoção de carbono. Dados preliminares do voo 787, designado como “Voo 100”, indicam que este cortou as emissões de carbono e partículas em 64% e 40%, respectivamente.

Em defesa do anúncio, a Virgin Atlantic apontou que acreditava que os consumidores compreenderiam o contexto de que o combustível era proveniente de fontes sustentáveis, reduzindo, mas não eliminando, os gases de efeito estufa, e não interpretariam isso como significando que não gerava emissões ou que não tinha impacto adverso.

No entanto, a autoridade, embora reconhecesse que a campanha promocional destacou especificamente o “Voo 100”, determinou que a publicidade era “enganosa”.

“Consideramos que muitos ouvintes estariam interessados em buscar companhias aéreas que estivessem tomando [ações ambientais],” afirmou a entidade. “Portanto, consideramos que informações sobre as [limitações do Voo 100] constituíam informações materiais que teriam impacto nas decisões transacionais desses ouvintes.”

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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