
O Conselho de Segurança Holandês publicou nesta semana as descobertas de sua investigação sobre uma ocorrência envolvendo um monomotor Diamond DA50 RG que, em 2 de setembro de 2023, sofreu um acidente pouco antes de pouso, após ter problemas de motor em voo.
Na ocasião, a aeronave de matrícula OO-HAN partiu do Aeroporto de Kempen, na Alemanha, para um voo privado. Durante a subida, a rotação do motor caiu duas vezes. O piloto decidiu permanecer no circuito e retornar. Ao se aproximar da pista, o motor perdeu completamente a potência.
O piloto tentou planar até a pista, mas devido a uma alta taxa de descida em baixa altitude, a aeronave atingiu o solo com força, pouco antes da pista. A asa direita quebrou e o tanque de combustível rompeu, causando um incêndio que danificou gravemente grandes partes da aeronave.
O piloto, o único ocupante, sofreu ferimentos leves e conseguiu sair da aeronave por conta própria. Os serviços de emergência do aeroporto extinguiram rapidamente o incêndio.
Considerações da investigação sobre falha parcial do motor como padrão no treinamento de pilotos
Os protocolos de treinamento de pilotos atuais se concentram em lidar com a falha completa do motor. O Conselho de Segurança Holandês está pedindo para que cenários com desempenho reduzido do motor ou falha parcial sejam incluídos como padrão no treinamento.
A razão para isso é o acidente com a aeronave Diamond DA50 RG em 2 de setembro de 2023, no Aeroporto de Kempen. Durante a subida inicial, a rotação do motor caiu duas vezes, após o que o piloto decidiu retornar para um pouso preventivo.
A investigação revelou que a falha do motor foi causada pela falha de um rolamento principal. Isso fez com que componentes críticos do motor superaquecessem e travassem, resultando em uma perda completa de potência.
Resíduos de areia de fundição foram encontrados nos canais de óleo, o que pode ter contribuído para a falha do rolamento. A causa exata não pôde ser determinada. Após o acidente, o fabricante alterou o procedimento de limpeza dos componentes do motor.
Falha parcial do motor é extra complexa
Segundo o relatório, a decisão do piloto de permanecer no circuito estava alinhada com os padrões atuais de treinamento, que se concentram na falha completa do motor. Falha parcial não é coberta, enquanto isso implica complexidade adicional.
Chris van Dam, presidente do Conselho de Segurança Holandês, alertou: “Não podemos deixar que dependa do acaso de um piloto saber o que fazer. Para garantir a segurança, condições de redução de desempenho ou falha parcial do motor devem se tornar parte do protocolo padrão de treinamento”.
O relatório completo pode ser ado clicando aqui.