
Os rumores sobre a entrada da Azul Linhas Aéreas em recuperação judicial nos EUA se intensificaram após a divulgação de seus resultados financeiros.
A companhia é a única entre as grandes empresas aéreas do Brasil que ainda não solicitou o Chapter 11, já que a concorrente GOL está no meio desse processo nas cortes americanas, enquanto a LATAM já saiu da recuperação judicial e voltou a registrar lucro.
No primeiro trimestre deste ano, a Azul registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,816 bilhão, apesar de ter sido beneficiada pela queda do dólar, que levou a um lucro líquido contábil de R$ 783 milhões, considerando um valor positivo de R$ 2,567 bilhões em “variações cambiais, líquidas”.
No início do mês, o AEROIN já havia reportado que rumores sobre o Chapter 11 circulavam na alta diretoria da empresa. Agora, fontes ouvidas pela Bloomberg reforçaram essa perspectiva, afirmando que as discussões estão ativas com credores para avaliar as opções disponíveis, especialmente a proteção judicial.
No aspecto operacional, surgiram rumores de que a companhia deve reabrir em breve o programa LNR — Licença Não Remunerada — com o objetivo de reduzir custos com pessoal. A LNR esteve em vigor durante a pandemia da COVID-19 e permitia que os funcionários assumissem outros trabalhos enquanto ainda recebiam alguns benefícios, como plano de saúde e seguridade social. A permanência nessa situação podia ser renovada após o fim do prazo da licença, mantendo o vínculo empregatício oficial do colaborador com a Azul.
Para os ageiros, a expectativa é de que a situação não cause grandes mudanças, uma vez que GOL e LATAM aram por processos semelhantes com apenas pequenos ajustes operacionais, sem grandes impactos nas tarifas ou na qualidade do serviço. Caso o Chapter 11 seja iniciado, a empresa ficará temporariamente isenta de pagar suas dívidas atuais enquanto elabora um plano de reorganização interna.
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