
A Rússia informou sobre a suspensão de sua participação na disputa com a Austrália e os Países Baixos no Conselho da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) no caso MH17. Isso foi comunicado à TASS pela representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia havia declarado que Moscou estava suspendendo sua participação na disputa em curso no Conselho da ICAO com a Austrália e os Países Baixos sobre a queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que operava o voo MH17 em 2014.
O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que operava o voo MH-17 de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado em 17 de julho de 2014 na região de Donetsk, na Ucrânia, resultando na morte de 298 pessoas, cidadãos de dez países.
O caso criminal sobre a queda foi julgado pelo Tribunal Distrital de Haia. Em novembro de 2022, o tribunal considerou culpados e condenou à prisão perpétua três pessoas à revelia – o ex-líder dos militantes da PRD, a República Popular de Donetsk: Igor Girkin (Strelkov) e seus subordinados Sergey Dubinsky e Leonid Kharchenko.
O quarto acusado, Oleg Pulatov, foi absolvido por falta de provas suficientes de envolvimento no incidente. Autoridades russas expressaram repetidamente desconfiança nos resultados do trabalho do grupo de investigação, apontando a falta de fundamento dos argumentos da acusação e a relutância em usar as conclusões de Moscou durante a investigação.
Investigações independentes mostraram diversas evidências fotográficas que mostram uma bateria Buk entrando pela fronteira russa dias antes do abate, e retornando pelo mesmo lugar dias depois do Boeing ser derrubado. Áudios de oficiais da PRD e da Rússia também mostram que militares sob o comando de Moscou sabiam que uma aeronave civil foi derrubada após uma confusão de interpretação de dados de radar.
Já Moscou sempre alegou que o abate foi realizado por tropas ucranianas, mas nunca apresentou evidências claras sobre estas acusações.