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Rússia quer aumentar para 60 anos a vida útil do avião turboélice Antonov An-26

Antonov An-26 | Foto: DepositPhotos

Em uma iniciativa para prolongar a vida operacional de aeronaves históricas, o GosNIIGS (Instituto Estatal da Rússia de Pesquisa Científica de Aviação Civil) – encomendou trabalhos de certificação para estender a vida útil dos aviões Antonov An-26, de 50 para 60 anos, conforme divulgado em materiais de licitação.

Além disso, o projeto prevê ampliar o tempo de voo do modelo até o próximo grande reparo (check de manutenção), elevando as horas de operação de 20 mil para 26 mil. As aeronaves foram fabricadas na Ucrânia pela Antonov, mas não recebem e da fabricante desde a invasão de 2014.

O contrato, firmado em 5 de março e avaliado em mais de 7 milhões de rublos, foi celebrado com um fornecedor exclusivo, cuja identidade não foi revelada. A conclusão dos serviços está prevista para até 26 de janeiro de 2028, como informa a agência russa Interfax.

Essa medida surge em resposta a solicitações de diversas companhias aéreas regionais – entre elas Angara, IrAero e Polar Airlines – que há tempos reivindicam a extensão do tempo de serviço do cargueiro An-26 e do modelo de ageiros An-24. Atualmente, o número desses aviões, que operam em território russo, é estimado em cerca de 100 unidades com média de 50 anos de idade, e um quarto da frota deve ser desativado em menos de cinco anos, alertam os operadores.

A ausência de substitutos imediatos para os modelos soviéticos tem sido motivo de preocupação no setor.

Alternativas ainda irão demorar

Enquanto se trabalham medidas para manter a frota existente, o setor de aviação também aposta em novos projetos. Segundo a Complexa Programa de Desenvolvimento da Indústria de Aviação (DA), os três primeiros exemplares do Ilyushin Il-114-300, com capacidade para até 68 ageiros, devem ser entregues em 2026 – um atraso em relação à previsão original de 2024.

IL-114 em testes | Divulgação – UAC

Até 2030, planeja-se a produção de 51 unidades, com os trabalhos conduzidos pela corporação de aeronáutica Rostec e a certificação prevista para ser concluída até o final de 2025, conforme afirmou Anton Alikhanov, chefe do Ministério da Indústria e Comércio da Federação Russa.

Outra aposta é o desenvolvimento do avião “Ladoga”, uma aeronave com 44 assentos, cuja fabricação está a cargo da Ural Civil Aviation Plant (UZGA). Alikhanov informou que o primeiro protótipo já alcançou cerca de 90% de sua construção, e a previsão é que 35 unidades sejam produzidas em 2028, com um total de 105 exemplares fabricados até 2030.

Ainda na linha de diversificação da frota, a UZGA em Ekaterinburgo planeja a produção do modelo “Baykaly”, com nove assentos. As primeiras entregas estão previstas para o final de 2026, e, conforme o DA, os cinco primeiros exemplares devem chegar ao mercado já em 2025, totalizando 139 aeronaves até 2030.

Essa série de iniciativas reflete os esforços do setor para garantir a continuidade e a modernização da aviação regional, diante dos desafios impostos pela idade avançada da frota atual e pela necessidade de renovação tecnológica.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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