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É comum que vários leitores entrem em contato conosco de tempos em tempos, questionando sobre aviões da Força Aérea Brasileira “voando em círculos” perto de aeroportos. A pergunta contumaz que nos chega é se há algum problema com eles e o que eles estariam fazendo. A nossa resposta é um pouco da explicação que vem a seguir, em um texto muito interessante da FAB que celebra o dia desses profissionais.
Precisão
Longe dos olhos dos ageiros, há radares, sistemas de aproximação, rádios, equipamentos de auxílio à navegação e luzes de orientação que são fundamentais para a segurança do tráfego aéreo. Garantir o bom funcionamento de tudo isto é a missão do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV).
Por meio de aeronaves-laboratório, promove uma espécie de fiscalização no ar, a chamada inspeção em voo, que tem a sua data comemorativa em 21 de fevereiro. São 62 anos desde a primeira inspeção em voo realizada no Brasil, com tripulação e aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
Subordinado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o GEIV é responsável por testar, aferir e avaliar os chamados Auxílios à Navegação Aérea e é motivo de orgulho para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
O Grupo participa da homologação e verificação periódica de aproximadamente 1700 procedimentos e realiza inspeções em cerca de 900 auxílios em todo o território nacional e, eventualmente, em outros países da América do Sul. A verificação visa à segurança de voo das aeronaves, nacionais e estrangeiras, nas fases de decolagem, rota e pouso, principalmente em condições adversas de meteorologia.

“Toda vez que uma aeronave decola ou pousa, há uma série de procedimentos que precisam ser seguidos, a depender do tipo de avião, das condições da pista, do entorno do aeroporto, da meteorologia, entre outros aspectos. Para dar e ao piloto nesses tipos de manobra, diversos equipamentos estão instalados nos aeroportos – e fora deles, pois há procedimentos baseados em dados satelitais, que enviam informações à aeronave, indicando o caminho que deve ser seguido. São os chamados auxílios à navegação, que balizam os pilotos em condições normais, mas, especialmente, quando a meteorologia está desfavorável”.
“É aí que entra o Grupo Especial de Inspeção em Voo, pois é preciso testar, na prática, se os dados fornecidos são confiáveis”, explica o Comandante do GEIV, Tenente-Coronel Aviador Bruno Michel Marcondes Alves.
História
A atividade de Inspeção em voo no Brasil teve seus primeiros os após a do projeto de Controle de Tráfego Aéreo (CONTRAF), no ano de 1956. Uma aeronave-laboratório, um Beechcraft de matrícula N-74 prestaria serviços ao Brasil com a finalidade específica de realizar as inspeções em voo dos primeiros auxílios à navegação aérea e à aproximação a serem instalados.
No ano de 1958, formou-se a primeira tripulação operacional de Inspeção em Voo no Brasil e, ainda neste ano, foi adquirido o primeiro avião-laboratório.
A primeira inspeção em voo em território nacional, com aeronave e tripulação da FAB, foi realizada em 21 de fevereiro de 1959, com o intuito de verificar a adequação do sítio de Itaipuaçu, no Rio de Janeiro (RJ), para a instalação de um equipamento eletrônico usado na navegação aérea.
Por Tenente Cristiane – Fotos: Arquivo/GEIV
Informações da Força Aérea Brasileira
