
Desde o dia 1º de novembro, trabalhadores e ageiros que utilizam o Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, têm enfrentado condições desconfortáveis, devido a falhas estruturais, segundo denúncia do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (SINDIPETRO-LP).
A privatização recente do aeroporto, que resultou em mudanças na estrutura do local, trouxe imprevistos que afetaram o conforto e o bem-estar de todos que dependem da infraestrutura do terminal, aponta o sindicato.
Entre as mudanças implementadas, o reposicionamento das áreas de espera dos voos da Azul Linhas Aéreas causou efeitos adversos. Com o novo layout do saguão, a única lanchonete disponível foi retirada e os condensadores do sistema de ar-condicionado foram relocados.
Em vez de ficarem próximos às evaporadoras, os condensadores foram instalados a uma distância maior, o que causou um vazamento de gás refrigerante e resultou na paralisação do sistema de climatização por toda uma semana.
Conforme destaca o sindicato, durante esse período, as altas temperaturas características do Rio de Janeiro agravaram ainda mais o desconforto dos trabalhadores, petroleiros e ageiros.
O barulho constante da turbina do condensador também foi uma constante, tornando a situação ainda mais insustentável. Embora a pontualidade dos voos tenha minimizado a aglomeração de pessoas, a falta de ar-condicionado afetou severamente o bem-estar de todos no aeroporto.
Esse episódio levanta questões importantes sobre a gestão do aeroporto após sua privatização, que foi iniciada no governo anterior. O episódio demonstra a falta de planejamento adequado para garantir a manutenção e a qualidade dos serviços essenciais, como o controle de temperatura em um ambiente com grandes fluxos de ageiros e trabalhadores.
Especialistas apontam que a gestão de aeroportos, especialmente em cidades com altas temperaturas como o Rio de Janeiro, deve priorizar a instalação e a manutenção de sistemas de climatização eficientes, além de garantir que eventuais falhas técnicas sejam corrigidas rapidamente.
O sindicato destacou que a situação revela a necessidade urgente de um planejamento mais robusto, que leve em consideração não apenas os aspectos econômicos da privatização, mas também as condições mínimas de conforto e segurança para os usuários.
A privatização de aeroportos no Brasil é um processo que tem sido amplamente discutido, mas episódios como o ocorrido no Aeroporto de Jacarepaguá destacam as falhas que podem surgir quando mudanças estruturais não são acompanhadas de perto.
Informações do SINDIPETRO-LP
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