
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) enviou um ofício ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, expressando preocupações acerca da liberação da prática de cabotagem no Brasil.
Durante uma entrevista ao portal UOL, Costa Filho mencionou a possibilidade de permitir que companhias aéreas estrangeiras operem voos domésticos, o que gerou apreensão entre os profissionais da aviação brasileira.
No ofício, o SNA destacou os riscos associados a essa medida, que, caso seja implementada, pode ameaçar os direitos trabalhistas dos aeronautas brasileiros, comprometer a manutenção dos postos de trabalho e afetar a segurança de voo.
Essas questões também foram abordadas em uma Nota de Repúdio divulgada pelo sindicato na quinta-feira, 28 de novembro.
A entrada de empresas estrangeiras no mercado doméstico pode, segundo o SNA, resultar em concorrência desleal, uma vez que essas companhias não estariam sujeitas às mesmas obrigações e custos que as empresas aéreas brasileiras, prejudicando assim o mercado de trabalho.
Além disso, a utilização de tripulação estrangeira para operações internas levanta preocupações adicionais sobre a segurança operacional, considerando barreiras linguísticas e diferenças nas regulamentações.
Diante dessas preocupações, o SNA solicitou uma reunião com o ministro Costa Filho e com o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Barros Monteiro França, com o objetivo de discutir as implicações da cabotagem e fortalecer a defesa dos interesses dos trabalhadores do setor aéreo.
O sindicato pretende apresentar suas preocupações e promover um diálogo construtivo sobre os impactos da medida não apenas para os aeronautas, mas também para a sociedade brasileira.
A questão da cabotagem na aviação brasileira é um tema complexo que merece atenção cuidadosa, uma vez que as decisões relacionadas a esse assunto podem influenciar significativamente o futuro do setor aéreo no país.