
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) enviou um ofício à Omni Táxi Aéreo solicitando o início das tratativas para a negociação e implantação do Programa de Acompanhamento e Análise de Dados de Voo (PAADV).
A medida é necessária uma vez que o protocolo firmado entre o sindicato e a empresa não atende às exigências da Instrução Suplementar (IS) 119-008A da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que entrou em vigor em abril de 2022.
De acordo com a IS, foi estabelecido um prazo de seis meses para que o PAADV fosse adequadamente implementado. Após esse prazo, qualquer protocolo que não estivesse em conformidade não seria considerado válido.
Embora o desenvolvimento de um protocolo seja opcional para empresas que operam aeronaves com peso máximo de decolagem inferior a 27 toneladas, o SNA argumenta que a adoção do PAADV é fundamental para aprimorar a segurança operacional. Isso se dá por meio da coleta e análise de dados de voo, que oferecem informações preditivas essenciais para identificar riscos potenciais.
Além disso, o protocolo firmado entre a Omni e o SNA define critérios para o uso do gravador de imagem AIR (Airborne Image Recorder) e seu sistema AIRS (Airborne Image Recorder System), cujas restrições de uso estão claramente descritas na IS 119-008A.
O SNA foi informado de que a Omni estaria realizando atividades de monitoramento dos dados de voo através de gravadores de voz e imagem instalados no cockpit das aeronaves. No entanto, qualquer utilização desses dados sem a formalização de um protocolo com a empresa estaria em desacordo com as normas estabelecidas pela IS.
Diante dessa situação, o SNA solicitou um posicionamento formal da Omni sobre o assunto e requereu o início dos procedimentos para a renovação do protocolo PAADV.