Vários tripulantes de cabine estrangeiros que trabalham na gigante Qatar Airways e em outras companhias aéreas do país ficaram em situação crítica depois que o Ministério da Saúde do Catar proibiu a entrada de pessoas de 14 países.

A medida drástica foi anunciada no domingo (08) e entrou em vigor menos de 24 horas depois. Embora os cidadãos do Catar não sejam afetados pela proibição, todos os visitantes e pessoas com permissão de residência e trabalho não podem entrar novamente no pequeno Estado do Golfo Pérsico.
O Ministério da Saúde Pública afirmou que pelo menos oito casos confirmados de infecção por coronavírus identificados no país estão entre trabalhadores expatriados. Três deles estavam morando em uma mesma acomodação e outros três tiveram contato com eles.
As novas restrições de imigração foram descritas pelas autoridades como uma “medida preventiva necessária” para impedir a disseminação adicional do coronavírus. O Catar confirmou oficialmente 18 casos.
Como muitas companhias aéreas da região, a Qatar Airways conta com muitos trabalhadores estrangeiros, muitos dos quais provenientes dos 14 países s: Bangladesh, China, Egito, Índia, Irã, Iraque, Líbano, Nepal, Paquistão, Filipinas, Coreia do Sul, Sri Lanka, Síria e Tailândia.
Os trabalhadores estrangeiros que saíram do país não poderão mais voltar ao trabalho ou as suas vidas que construíram no Catar. Não se sabe quanto tempo as restrições permanecerão em vigor.
É possível, no entanto, que as companhias aéreas consigam lidar com a escassez de tripulantes depois das reduções drásticas recentes de voos.
A Qatar Airways havia dito anteriormente que havia decidido suspender todos os voos para a China devido a “desafios operacionais significativos” causados por essas restrições de entrada.
Akbar Al Baker, executivo-chefe da Qatar Airways, reclamou no mês ado que sua “eficácia operacional” estava sendo afetada pelas restrições impostas por vários governos à imigração de tripulações de cabine que tinham visitado a China, e agora parece que será refém de uma medida do próprio país.
Na semana ada, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) estimou que o impacto financeiro da doença COVID-19 no setor de aviação pode chegar a US$ 113 bilhões.