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Trump sugere “calote” na China após recusa em receber aeronaves, mas a situação pode ter sido pacificada

O presidente Donald Trump declarou que a Boeing deveria “dar calote” na China depois que companhias aéreas chinesas devolveram três de suas aeronaves, como informou o The Wall Street Journal.

Em uma postagem no Truth Social, Trump afirmou: “A Boeing deveria dar calote na China por não aceitar os aviões acabados que a China se comprometeu a comprar. Este é apenas um pequeno exemplo do que a China fez com os EUA, durante anos.”

Recentemente, duas aeronaves Boeing que estavam em uma instalação da empresa em Zhoushan, na China, onde os jatos são finalizados e preparados para entrega, foram devolvidas à sede da Boeing na área de Seattle.

Essa ação ocorreu após o governo chinês exigir que as companhias aéreas do país buscassem aprovação antes de aceitarem a entrega de aeronaves da Boeing.

E a China voltou atrás

Semanas após a declaração de Trumo, a China supostamente retirou a proibição imposta às companhias aéreas locais sobre a aceitação de novas entregas de aeronaves da Boeing, após Beijing ter alcançado um acordo comercial preliminar com a istração Trump.

Como citado acima, a proibição havia sido instaurada como parte de uma série de medidas retaliatórias contra os Estados Unidos e suas tarifas de 145% sobre a maioria dos produtos fabricados na China.

Companhias aéreas como Air China, China Southern e Donghai Airlines foram instruídas a interromper a aceitação de novas entregas de aeronaves da Boeing, bem como de peças sobressalentes de fornecedores norte-americanos.

De acordo com a gigante aeroespacial americana, atualmente existem 130 pedidos de aeronaves não atendidos por companhias aéreas chinesas, a maioria deles para o seu modelo mais vendido, o 737 MAX, que é um avião de fuselagem estreita.

Após conversas entre negociadores dos EUA e da China em Genebra, Suíça, durante o fim de semana, a istração Trump celebrou a “arte do acordo” ao alcançar um entendimento temporário com Beijing para reduzir tarifas recíprocas por um período de 90 dias.

Contudo, ambos os países manterão uma taxa de tarifa de 10% sobre a maioria dos bens e serviços, embora a China tenha concordado em levantar todas as contramedidas não tarifárias adotadas contra os Estados Unidos.

Fontes citadas pela Bloomberg afirmaram que isso inclui a revogação da proibição de entregas de aeronaves da Boeing, e as companhias aéreas chinesas foram informadas de que podem começar a receber esses novos aviões ainda esta semana.

De qualquer maneira, esta parte do acordo não se materializou ainda e outras empresas aéreas do mundo estão de olho nas aeronaves que iriam para as aéreas chinesas. Nas próximas semanas, o mundo verá novos desdobramentos deste caso.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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