Uma nova companhia aérea, de nome Air Demerara, está ajustando seus planos de operar nos principais aeroportos da Guiana até 2021. No setor internacional, a empresa já tem divulgado em seu site o interesse de voar ao Brasil.

Ao longo da última semana, uma nova empresa com sede na Guiana anunciou que planeja operar voos internacionais e regionais entre seu país e o Caribe, América do Norte e Brasil, informou o Guyana Chronicle.
A Air Demerara, como é chamada, foi criada em junho de 2019, mas só recentemente revelou um pouco mais do seu projeto. Seu principal interesse é assumir o posto de linha aérea de bandeira, enquanto operará uma frota de aeronaves Airbus, com um investimento inicial de US$ 500 milhões.
Seu presidente e diretor executivo, Zain Tulsie Issurdutt, é descendente de guianenses, e tem um pai com grande conhecimento do setor.
Os Issurdutts conhecem o negócio das companhias aéreas
Tulsie Ram Issurdutt, pai de Zain, mantém a distinção de ser um dos três únicos estrangeiros a criar e certificar uma companhia aérea comercial nos Estados Unidos, os outros dois sendo o brasileiro David Neeleman, da JetBlue Airlines, e o britânico Richard Branson, da Virgin America.
Nos anos 90, Tulsie criou sua própria companhia aérea, a TriStar Airlines, com sede em Las Vegas, Nevada. A empresa operava sob um contrato de marketing exclusivo com a Japan Airlines.
O que se sabe sobre a Air Demerara?
Ainda não se sabe muito. Em meados do ano ado, a Air Demerara apresentou sua Carta de Intenções à Autoridade de Aviação Civil da Guiana (GCAA), que foi bem recebida e, como resultado, a entidade prometeu apoio para facilitar o empreendimento, que empregará cerca de 500 pessoas.
A empresa espera que GCAA conceda seu Certificado de Operador Aéreo (AOC) a tempo de seu lançamento em 2021.
Embora a companhia aérea não especifique que tipo de aeronave voará, ela diz em seu site que serão aeronaves com baixo consumo de combustível e com ‘tecnologia de ponta’. Também menciona uma parceria com a Airbus:
“A Air Demerara está em parceria com a Airbus para dar às gerações atuais e futuras na Guiana e países vizinhos a capacidade de obter o conhecimento necessário para o sucesso na indústria da aviação, criando uma academia de treinamento e engenharia de voo”.

Caso isso se confirme, a companhia terá que optar por aeronaves de segunda mão ou do arrendamento através de lessors, dado o grande backlog de produção que tem a Airbus. Curiosamente, seu site apresenta a foto de um Boeing 767 na tela introdutória, como você pode ver acima.
Outros temas largamente difundidos em seu site na internet são as iniciativas sociais e de preservação, o que parece interessante para uma empresa nova.
Finalmente, a Air Demerara diz que recrutará guianenses locais para “prestar o melhor serviço imaginável, com a maior escala salarial e o melhor ambiente de trabalho possível”. Também haverá um programa de participação nos lucros para os funcionários.