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Vários aviões Embraer de aérea africana estão sem voar devido a falta crítica de dinheiro

Créditos na foto, via Newsaero

A Air Botswana está ando por uma crise financeira, resultando no atraso dos salários de seus funcionários pelo quarto mês consecutivo. Em um memorando interno obtido pela NewsAero, a gestão da companhia atribui a situação à falta de fluxo de caixa e a previsões financeiras abaixo do esperado.

Os salários de abril, que deveriam ser pagos em 25 de abril, agora estão programados para serem quitados até 2 de maio, no máximo, de acordo com os compromissos atuais da companhia.

Diversos fatores estão agravando as dificuldades financeiras da Air Botswana. Fontes internas indicam que algumas rotas da companhia estão operando com fatores de carga muito baixos, tornando-as estruturalmente não lucrativas, especialmente nas rotas onde a Air Botswana compete com a Airlink da África do Sul.

Além disso, o contrato de leasing do Embraer 145 com a transportadora namibiana West Air está drenando as finanças da companhia, oferecendo pouco retorno sobre o investimento.

A condição da frota da Air Botswana também é preocupante. Atualmente, a companhia opera dois aviões ATR 72-600 (A2-ABM e A2-ABL) para atender sua cobertura doméstica e regional, mas suas duas aeronaves Embraer E170/175 estão aterradas.

O E170 (A2-ABM) está aguardando uma grande manutenção após atingir 15.000 horas de voo. Um espaço para manutenção foi assegurado na Kenya Airways em Nairóbi, mas isso não está programado até maio. Em outro caso, após uma inspeção, o motor principal do E170 foi considerado não conforme, forçando a companhia a retirar peças da E175 (A2-ABE) para substituir o motor.

Como resultado, o E175, adquirida em agosto de 2024, também está aterrado, aguardando aprovação da Autoridade de Aviação Civil de Botswana (CAA) para seu manual de operações antes de poder entrar em serviço. Além disso, a companhia ainda espera a entrega de duas aeronaves ERJ-145 adquiridas no ano ado, que atualmente estão em manutenção com a West Air.

Apesar dos desafios, a Air Botswana continua a receber apoio financeiro do governo. Para o ano fiscal de 2025/2026, o governo planejou alocar 65 milhões de pulas (aproximadamente 4,7 milhões de dólares) para despesas de desenvolvimento da companhia, elevando o total de apoio governamental para quase 767,7 milhões de pulas (55,5 milhões de dólares).

Parte desses fundos é destinada à renovação da frota, uma prioridade contínua nos planos de desenvolvimento do setor de aviação do país, conforme o 12º Plano Nacional de Desenvolvimento (NDP 12), que se estende até 2030.

No âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento Transicional de dois anos (TNDP), que vai de abril de 2023 a março de 2025, a Air Botswana recebeu inicialmente um orçamento de apoio de 133 milhões de pulas (9,6 milhões de dólares), que foi posteriormente revisado para 702,7 milhões de pulas (50,7 milhões de dólares) para o período de 2023-2025.

No entanto, segundo a fonte interna, essa alocação orçamentária continua sendo “insuficiente para cobrir as obrigações e requisitos de capital de giro da companhia”, à medida que as dívidas acumuladas e os custos operacionais continuam a crescer.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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