Uma veterana comissária de bordo negra da United Airlines está acusando a companhia aérea de usar “policiamento de tom” como forma de retaliação e discriminação baseada em idade e raça, o que resultou na sua despromoção de um cargo sênior como chefe internacional de cabine.
Joyce Knight entrou com uma ação judicial contra a United Airlines em um tribunal distrital de Chicago nesta semana, alegando discriminação racial, retaliação e preconceito etário. Ela pede que a justiça obrigue a United a reintegrá-la ao cargo de chefe internacional de cabine.
O “policiamento de tom” é frequentemente atribuído a vieses culturais em relação a diferentes estilos de comunicação, muitas vezes classificando formas de expressão de pessoas não brancas como inadequadas ou incorretas.
Na ação, Knight argumenta que o “policiamento de tom” reforça estereótipos que retratam mulheres negras como raivosas ou agressivas, o que, segundo ela, levou a duas queixas “veladamente racistas” contra sua conduta.
No primeiro caso, Knight relata que recebeu uma reclamação de um colega que viajava como ageiro em um voo internacional vindo de Paris, alegando que ela demonstrava um tom e uma atitude inadequados. Knight afirma que, na verdade, estava brincando e rindo com o ageiro durante todo o voo.
No segundo caso, a United levou em consideração um relato indireto de outro comissário de bordo, que afirmou que um ageiro havia reclamado do “tom” de Knight.
“Em vez de acreditar na Sra. Knight, uma funcionária com quase 30 anos de serviço, a United deu crédito à queixa de um funcionário homem branco, que exigia atenção especial na Primeira Classe, e a um relato indireto de um ageiro desconhecido sobre seu ‘tom inadequado’”, diz a denúncia.
“A Sra. Knight é apenas uma das muitas comissárias de bordo mais experientes que têm sido levadas a se sentirem indesejadas no trabalho”, continua a ação. “Comissários juniores, por exemplo, frequentemente fazem relatos negativos sobre os veteranos durante reuniões mensais com supervisores, prejudicando deliberadamente sua reputação.”
Knight afirma que os problemas começaram após ela sofrer uma lesão no trabalho, o que a obrigou a se afastar antes de retornar em abril de 2023. Apenas quatro meses depois, ela foi destituída do cargo de chefe internacional de cabine, informou o PYOK.
Ela acredita que a United retaliou contra ela por ter conseguido uma compensação trabalhista durante o período de afastamento. O processo segue na Justiça americana.
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