Vídeo mostra momento em que ataque de Israel destrói a torre de controle de aeroporto no Iêmen

Em um ato que levantou preocupações sobre a segurança das operações humanitárias em meio ao conflito no Iémen, forças israelenses atacaram, no dia 26 de dezembro, o Aeroporto Internacional de Sana’a, portos do Mar Vermelho e estações de energia. O ataque foi retaliação a uma ação de grupos iemenitas que também atacaram Israel.

O Dr. Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), encontrava-se no aeroporto no momento do ataque, junto com outros membros de uma delegação da ONU que negociava a liberação de servidores da organização mantidos reféns pelos grupos de Ansar Allah, autoridades de fato na região.

Após uma intensa operação, Tedros e seus colegas conseguiram deixar o Iémen na sexta-feira seguinte ao ataque. Um briefing realizado a partir dos escritórios da ONU em Sana’a, destacou a importância do aeroporto para as operações de ajuda humanitária no país devastado pela guerra.

Durante a conferência, Harneis relatou a proximidade do ataque, que ocorreu por volta das 16h45, resultando na destruição do centro de controle de tráfego aéreo e lamentavelmente matando funcionários locais.

Ele mencionou que um membro da equipe humanitária da ONU foi ferido no incidente e precisou ser evacuado para tratamento médico.

A situação foi ainda mais tensa quando um avião da Yemenia Airways, transportando centenas de civis, estava prestes a pousar. O impacto na infraestrutura civil foi evidente e, embora o voo tenha conseguido aterrisar sem mais incidentes, a situação poderia ter sido catastrófica.

A ONU ressaltou a função crítica do aeroporto, afirmando que é um ponto vital para a entrada e saída de trabalhadores humanitários em direção ao norte do país e também para milhares de iemenitas que buscam cuidados médicos avançados fora do Iémen, em locais como Jordânia, Cairo ou Mumbai.

Ele enfatizou que a destruição das operações do aeroporto paralisaria a ajuda humanitária, uma consequência impensável em um contexto já marcado por crise humanitária.

Diante desse cenário, o representante da ONU fez um apelo claro: todas as partes envolvidas no conflito devem respeitar estritamente as leis internacionais humanitárias, assegurando assim que a infraestrutura civil permaneça protegida.