Um voo doméstico da Air Canada que deveria levar duas horas de Vancouver a Whitehorse teve que desviar pelos EUA e depois voltar à sua origem duas vezes, antes de tentar novamente sua rota original, retendo os 88 ageiros por 36 horas.

Tentando tirar algo bom dessa história, ao menos os “sortudos” ageiros da Air Canada conseguiram fazer uma excursão gratuita pelo Alasca e noroeste do Canadá, depois que sua aeronave levou 36 horas para fazer uma rota relativamente simples de duas horas.
Esperava-se que o voo AC279 fizesse a viagem doméstica de 798,27 milhas náuticas (cerca de 1.500 quilômetros), operado com Airbus A319, de Vancouver para Whitehorse, mas devido a uma variedade de eventos climáticos, o voo não pôde seguir para o seu destino programado.
Como aconteceu tudo?
Segundo a CBC.ca, a aeronave realizou um voo sem intercorrências de Vancouver para Whitehorse, mas após cerca de 15 minutos circulando o aeroporto de destino, a tripulação decidiu que as condições eram inseguras demais para tentar uma aterrissagem. A área estava cercada por tempestades de neve e a visibilidade era muito baixa.
A tripulação de cabine comunicou que abandonaria sua tentativa de aterrissagem para a surpresa dos ageiros a bordo, pois já havia anunciado para que todos se preparassem para o pouso. No entanto, a aeronave seguiu em direção a Anchorage, no Alasca, na tentativa de encontrar uma pista com condições de pouso melhores.

O aeroporto dos EUA não esperava que os ageiros chegassem e houve muita confusão quando o avião pousou. Esses ageiros estavam viajando no Cananá, por isso alguns tinham identificação limitada e poucos tinham aporte.
Uma das ageiras disse à CBC: “eles não nos disseram se iríamos simplesmente dormir nas cadeiras da área de segurança ou se poderíamos realmente sair. Não achei que pudéssemos sair sem aporte”. Felizmente, após cerca de 30 minutos na pista, a segurança da fronteira dos EUA os deixou ar e eles ficaram em um hotel próximo.
Tentativa de voo número dois
De manhã, os ageiros se reuniram no aeroporto para voar para Whitehorse. No entanto, após mais uma tentativa de pouso, a aeronave decidiu alternar… para Vancouver (sua origem inicial). “Voamos sobre Whitehorse, na verdade podíamos ver as luzes lá embaixo”, disse o ageiro Roger Gauthier à CBC.
Como os ageiros estavam entrando no Canadá, eles tiveram que preencher os formulários alfandegários e chegar pelo terminal internacional.

A tentativa final
Trinta e quatro horas após a partida do voo original, os ageiros foram novamente direcionados pela Air Canada ao terminal e embarcados num voo para Whitehorse. Dessa vez, as condições haviam melhorado e a aeronave conseguiu pousar.
Os ageiros ficaram aliviados, mas reclamaram que a Air Canada os manteve no escuro (sem informações) durante a maior parte da viagem.