
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) vai reunir os principais envolvidos nas operações do Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR), no Rio de Janeiro, para discutir a fiscalização de aeronaves que operam no local.
A iniciativa tem como objetivo reduzir ainda mais o ruído gerado pelas operações aéreas na região. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (19), durante uma reunião entre oficiais-generais da Aeronáutica e representantes do Legislativo estadual e federal, na sede do DECEA.
De acordo com informações do DECEA, a proposta é reunir Petrobras, NAV Brasil, ANAC e a concessionária PAX Aeroportos em uma mesa de mediação para tratar do tema de forma coordenada.
“A questão é complexa, mas tem solução. O DECEA vai trabalhar de forma proativa com todos os envolvidos neste cenário”, afirmou o diretor-geral do DECEA, tenente-brigadeiro do ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.
Jacarepaguá é um dos principais polos da aviação offshore no Brasil, atendendo diariamente às operações da indústria de petróleo e gás. A Petrobras é a maior usuária do aeródromo, que é istrado pela PAX Aeroportos — responsável também pela Comissão de Gerenciamento do Ruído Aeronáutico (CGRA), sob fiscalização da ANAC.
Para o chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, brigadeiro do ar André Gustavo Fernandes Peçanha, o mapeamento detalhado do ruído na área do aeroporto é fundamental. “É importante que a PAX Aeroportos realize esse levantamento para identificarmos oportunidades de ajustes nas rotas de aproximação, decolagem e pouso”, afirmou.
Em 2022, o DECEA já havia implementado uma nova Carta de Aproximação Visual (VAC), redesenhando os procedimentos de chegada e saída para reduzir o impacto sonoro na região. Agora, outras medidas estão em estudo, como a instalação de equipamentos de vigilância aérea em pontos menos afetados pelo relevo acidentado da cidade.
Entre as soluções avaliadas está o uso do ADS-B (Automatic Dependent Surveillance–Broadcast), sistema que transmite automaticamente dados como posição, velocidade, altitude e identificação das aeronaves. A tecnologia permitiria à NAV Brasil e ao APP-RJ monitorar em tempo real as aeronaves que voam fora dos corredores ou em altitudes inadequadas.
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